Chega um momento que paramos somente para observar tudo o que já se passou em nossa mera existência. Momentos, tristezas, arrependimentos e qualquer outro sentimento que tivemos. Como tudo muda. A ambição de um jovem é um diferencial, porém, não faz tanta diferença quando estamos velhos. É como se pudéssemos ver a vida toda de cima, contemplando-a.
Sorrio para mim mesma e uma lágrima ousa escapar de meus olhos. Não me permito esses momentos fora da minha realidade, embora eu pratique bastande o saudosimo. Acredito que seja uma forma de me manter vida e de me satisfazer por tudo que vivi.
Estou hoje com meus cabelhos brancos e desgrenhados, a pele apresenta grossas e evidentes rugas e minha coluna há tempos já envergou. Carrego na aparência o peso de uma vida dura,mas sempre muito otimista.
Tudo que fiz foi somente por acreditar que estava fazendo certo. As fases trazem consigo as prioridades e sempre, querendo ou não, agimos forçados por elas e nem sempre tudo dá certo como nossos sonhos juvenis nos garantem.
Hoje, com tudo que já passou, olho para os lados e vejo que acertei. Tomei decisões que machucaram outras pessoas , mas por certo não tive escolha. Trilhei o caminho que estava a minha frente e não pude evitar.
- Vovó, ainda está sentada nesse sofá?
Levo um susto ao me deparar com Ana. Ela me olha fixamente. Seus olhos revela uma escuridão proeminente e sua boca levemente se contrai. Não pude deixar de rir.
- Oi, minha querida. Que susto você deu na sua vó. Não faça mais isso viu? E puxo-a para perto de mim.
Ana está com 6 anos e é uma bela menina. Esperta e muito arteira, vive tirando os pais do sério. Sua pele é muito branca e os cabelos são escuros e escurregados na altura do ombro.
- Pode deixar, vovó. Prometo não assustá-la. - diz com um sorriso no rosto.
- Vou esperar que não assuste mesmo.
- Mamãe fez bolo e quer todos à mesa para experimentá-lo. Pediu que eu a chamasse. - E sai correndo, deixando esvoassante seu lindo vestido rosado com flores minúsculas.
Que menina travessa, penso. E tendo com muito esforço levantar da poutrona. Meu corpo dói dando sinais de que não posso fazer tanto esforço. Direciono-me para a sala e hesito na entrada quando vejo todos lá, reunidos, me esperando. Realmente, quando olho para eles, vejo que não foi em vão cada turbulência na minha vida. Eles são o resultado de todas as escolhas que fiz e tenho certeza, que fiz a escolha certa.
Sorrio para mim mesma e uma lágrima ousa escapar de meus olhos. Não me permito esses momentos fora da minha realidade, embora eu pratique bastande o saudosimo. Acredito que seja uma forma de me manter vida e de me satisfazer por tudo que vivi.
Estou hoje com meus cabelhos brancos e desgrenhados, a pele apresenta grossas e evidentes rugas e minha coluna há tempos já envergou. Carrego na aparência o peso de uma vida dura,mas sempre muito otimista.
Tudo que fiz foi somente por acreditar que estava fazendo certo. As fases trazem consigo as prioridades e sempre, querendo ou não, agimos forçados por elas e nem sempre tudo dá certo como nossos sonhos juvenis nos garantem.
Hoje, com tudo que já passou, olho para os lados e vejo que acertei. Tomei decisões que machucaram outras pessoas , mas por certo não tive escolha. Trilhei o caminho que estava a minha frente e não pude evitar.
- Vovó, ainda está sentada nesse sofá?
Levo um susto ao me deparar com Ana. Ela me olha fixamente. Seus olhos revela uma escuridão proeminente e sua boca levemente se contrai. Não pude deixar de rir.
- Oi, minha querida. Que susto você deu na sua vó. Não faça mais isso viu? E puxo-a para perto de mim.
Ana está com 6 anos e é uma bela menina. Esperta e muito arteira, vive tirando os pais do sério. Sua pele é muito branca e os cabelos são escuros e escurregados na altura do ombro.
- Pode deixar, vovó. Prometo não assustá-la. - diz com um sorriso no rosto.
- Vou esperar que não assuste mesmo.
- Mamãe fez bolo e quer todos à mesa para experimentá-lo. Pediu que eu a chamasse. - E sai correndo, deixando esvoassante seu lindo vestido rosado com flores minúsculas.
Que menina travessa, penso. E tendo com muito esforço levantar da poutrona. Meu corpo dói dando sinais de que não posso fazer tanto esforço. Direciono-me para a sala e hesito na entrada quando vejo todos lá, reunidos, me esperando. Realmente, quando olho para eles, vejo que não foi em vão cada turbulência na minha vida. Eles são o resultado de todas as escolhas que fiz e tenho certeza, que fiz a escolha certa.
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